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Operação investiga fraude e superfaturamento em contratos de aluguel de veículos pela Câmara de Araguaína

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) e a Polícia Civil deflagraram nesta quinta-feira (13) uma operação para investigar um suposto esquema de fraude em licitação e desvio de dinheiro público envolvendo o aluguel de veículos pela Câmara Municipal de Araguaína. As irregularidades teriam ocorrido entre 2016 e 2020, totalizando repasses de R$ 3,35 milhões para a empresa contratada.

A Operação Finta Carozza, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), cumpriu oito mandados de busca e apreensão em Araguaína. O nome da operação, que em italiano significa “falsa carruagem”, faz referência à suspeita de que os contratos de locação de veículos eram simulados para desviar verbas públicas.

A investigação começou após um relatório de inteligência apontar irregularidades em um contrato firmado entre a Câmara e a empresa Auto Vip Multimarcas Ltda.. De acordo com o MPTO, os elementos levantados indicam um esquema fraudulento para desviar recursos públicos por meio de superfaturamento e repasse indevido de valores.

Entre as principais suspeitas, destacam-se:

Os investigadores também identificaram um possível esquema de lavagem de dinheiro, no qual os valores desviados eram movimentados entre empresas do mesmo grupo econômico e repassados a vereadores, assessores, familiares e outros agentes públicos. Para ocultar a origem ilícita dos recursos, contas bancárias de empresas e pessoas físicas foram utilizadas.

Durante as buscas, foram apreendidos equipamentos eletrônicos, documentos e dinheiro que podem ajudar a esclarecer o esquema.

A atual gestão da Câmara Municipal de Araguaína afirmou que ainda não foi notificada sobre a operação, mas ressaltou que as investigações se referem a gestões anteriores. Em nota oficial, declarou que preza pela transparência e colaborará com as apurações.

A Polícia Civil e o MPTO seguem investigando o caso para identificar todos os envolvidos e aprofundar as suspeitas sobre o desvio de recursos públicos.

Fonte: G1 Tocantins

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